Medo
Se
você é uma pessoa cheia de dúvidas, indecisões ou demora para tomar uma atitude,
sob o pretexto de que é apenas cauteloso, saiba que seu coração está cheio de
”medos”.
Você
pode dizer que não se trata de medo, mas de receio, para parecer mais leve, mas
que não deixa de ser uma forma de medo.
Determinadas
pessoas querem sempre mostrar que não têm medo de nada e, mesmo que alguma coisa
as aflija, ”engolem” aquele mal com um ”pouquinho” de tempero: dizem que podem
resolver tudo. Seu orgulho é tão grande que têm medo de dizer que estão com
”medo” de resolver sozinhas tal situação.
Admitir
o medo não significa incapacidade para solucionar determinados problemas.
,
O
ser humano, por ter perdido a chave do conhecimento, ficou sem o apoio
necessário à vida, uma vez que desconhece o poder criador do pensamento. Assim,
o medo toma conta da situação, às vezes de uma forma
camuflada.
Exemplos:
medo de decidir e errar; medo de falar e magoar, ou de ser mal interpretado;
medo de se ”machucar” descobrindo aquilo que tanto se temia; medo do tempo que
não espera para você pagar suas contas; medo de altura; medo de ladrão, medo de
ser seqüestrado; medo de doenças que, dizem, não tem cura; medo de ficar só;
medo de perder o que tem; medo de não conseguir emprego; medo da velhice e, até,
medo... de ter medo!
Será
que você tem qualquer desses medos? « Saiba que o medo existe como forma de
defesa e instinto de sobrevivência no mundo racional. A razão fecha todas as
portas e janelas e se tranca em pensamentos curtos para não ter que dar ”de
cara” com o medo pelo corredor.
Equilibre-se!
Peça à sua razão que abra as janelas e cumprimente as suas emoções. Elas podem
ser amigas, pois as emoções carinhosas conhecem os caminhos que a razão jamais
ousou pisar.
Emoções
leves têm contato direto com o inconsciente positivo, que é o mensageiro da
natureza perfeita. Ela conhece a melhor solução pois tem ”olhos” do tamanho do
Universo.
Confie
na vida. Relaxe e entregue-se um pouco à certeza das coisas boas. Tire o peso
dos ombros. Você não é obrigado a assumir as responsabilidades dos outros. Deixe
que eles carreguem o que
é
deles, para que possam aprender a viver e dar valor ao seu próprio
suor.
Deixe
de ser ”egoísta” e querer todos os problemas só para você. Isso é muito feio!
Olhe-se no espelho. Você não parece o próprio latão de lixo? Pare de guardar
tantos problemas ”sem solução”, porque eles podem ”apodrecer” dentro de você e
se transformar em doenças que cheiram mal!
Seja
despretensioso e saiba que o mundo não vai desabar sobre sua cabeça se você
soltar os problemas. Pense bem: será que você teme soltá-los porque tem medo de
perder alguém? Ou você teme perder o seu prestígio, os negócios, os amigos, os
amores?
Quem
gosta de você realmente, gosta pelo que você é, pelo que você faz, ou pelo que
você tem? Descubra o verdadeiro sentimento que as pessoas têm por você. Na
verdade, nem elas saberiam como agiriam caso você parasse de garantir o que é
delas, sejam serviços, favores, promessas, dívidas ou até
chantagens.
Olhe
para si mesmo e veja se essa é a vida que você gosta de levar. Se não for, não
espere vir uma doença para se livrar de tudo... sem remorsos. Tenha coragem de
resolver todas as questões de maneira intuitiva, com calma e confiança. Quando
uma pessoa reage com fé e determinação, automaticamente as portas se abrem e a
saída aparece. Mexa-se!
O
ser humano é valorizado pela sua coragem e não pelas pequenas tarefas que
desempenha no dia-a-dia, as quais não exigem esforços para o autodesenvolvimento
espiritual. Os pequenos desafios sim, é que acrescentam força ao nosso espírito.
Portanto, não fuja das barreiras. Saiba transpô-las com sabedoria — que é
sinônimo de coragem.
Do livro Linguagem do corpo/Cristina Cairo
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