Óleo Vegetal de Palmiste e suas propriedades
O palmiste é um óleo obtido do caroço do dendê,
que diferente do óleo obtido da prensagem do fruto, possui coloração
transparente e se caracteriza por não ter cheiro. A vantagem deste produto é que
ele possui uma textura muito similar ao óleo de babaçu, teores iguais de ácido
láurico e não apresenta o cheiro que o babaçu eventualmente traz, mesmo sendo
refinado.
Nosso óleo de palmiste pode ser empregado na
culinária, não deixando cheiro ou gosto forte nos alimentos. Também é uma
excelente alternativa em substituição ao óleo de babaçu e ao óleo de coco da
praia para uso na massagem e com finalidades terapêuticas.
Na verdade, o palmiste e o babaçu são espécies
de cocos da mesma família que o coco comum de praia do qual se toma a sua água.
A vantagem existente no uso do palmiste e do babaçu é o seu custo barato e mais
acessível ao consumidor que o óleo de coco da praia, que pode chegar a custar
três vezes o seu valor. As propriedades são as mesmas, não fazendo muita
diferença o uso de qualquer um dos três para as mesmas finalidades, sejam estas
culinárias, terapêuticas ou cosméticas.
O grande destaque destes três óleos é a
concentração elevada de ácido láurico. Este é um componente importante do leite
materno humano, para o fortalecimento imunológico do bebê. Pesquisas científicas
demonstram que o ácido láurico possui a capacidade de aumentar o sistema
imunológico pela ativação da liberação de uma substância chamada interleucina 2
(Wallace, F A et al.), que faz a medula óssea fabricar mais células brancas de
defesa (isso é muito bom para quem tem imunidade baixa). Além disso, o óleo
destes três cocos age como anti-inflamatório pela inibição da síntese local de
prostaglandinas (PGE2) e interleucina 6 que são substâncias pró-inflamatórias
presentes em quadros reumáticos, artrites e inflamações musculares. Outros
estudos validaram também uma potencial atividade antiviral e antibacteriana
desta substância (Issacs, C.E. et al. & Kabara J.J. et al.).
O uso do coco babaçu, palmiste e coco da
praia como veículos carreadores para massagem, ou em bases de cremes são uma
excelente alternativa que apresenta as vantagens de:
1. Não rançar facilmente, mesmo em contato com
água em bases de cremes e possuir alta durabilidade.
2. Penetrar com extrema rapidez pelos poros da
pele, facilitando a entrada de óleos essenciais e outros bio-ativos.
3. Ao penetrar no corpo agir como
imunomodulador, contribuído assim para o fortalecimento da imunidade e
equilíbrio de quadros inflamatórios.
A monolaurina, cujo precursor é o ácido
láurico, destrói a membrana de lipídios que envolve o vírus bem como torna
inativas bactérias, leveduras e fungos.
Dos ácidos graxos saturados, o ácido
láurico tem uma atividade antiviral maior do que os ácidos caprilico (C10) e
miristico (C14). A ação atribuída a monolaurina é a de que ela solubiliza os
lipídios contidos no envoltório do vírus, causando a destruição desse
envoltório.
É importante destacar que o acido láurico faz o
óleo endurecer em temperaturas inferiores a 23º graus, podendo assim em dias
muito frios isso ocorrer com o óleo. Para fazer a gordura voltar ao estado
líquido, basta deixar a embalagem do óleo no sol da manhã ou aquecer em
banho-maria, que a gordura volta ao seu estado natural liquida. Você também pode
apertar a garrafa levemente até que a gordura saia e derreter com o calor de
suas mãos.
Os óleos de cocos naturais são também uma
excelente alternativa para uso na alimentação. Estudos científicos mais recentes
demonstraram que os óleos destes três cocos não aumentam os níveis de colesterol
como se pensava (Enig, M. & Hostmark et al & Kaunitz e Dayrit &
Awad). As pesquisas antigas que mostravam o contrário haviam sido feitas com
óleo de coco parcialmente hidrogenado. Nenhum de nossos óleos passa por processo
de hidrogenação, que pode dar origem à formação de gordura trans, que aumenta os
níveis de colesterol e favorece o surgimento de câncer. Além disso, os óleos de
coco têm se tornado muito conhecidos internacionalmente em dietas de
emagrecimento de baixa caloria, pois são o único tipo de gordura que ao serem
metabolizadas pelo corpo, não são estocadas na forma de tecido adiposo (St-Onge,
M.P. et al. & Van Wymelbeke, V., et al.). Podem ser usados na culinária em
substituição aos tradicionais óleos empregados na cozinha.
Tabela comparativa dos óleos de cocos e seus
teores de ácido láurico.
Composição de Ácidos Graxos
|
Óleo de Palmiste
|
Óleo de Babaçu
|
Óleo de coco da praia
|
Ácido Caprílico (C 8:0)
|
2. 5
|
4.5
|
6.09
|
Ácido Cáprico (C 10:0)
|
4.2
|
6.0
|
5.8
|
Ácido Láurico (C 12:0)
|
47.7
|
46.0
|
49.16
|
Ácido Mirístico (C 14:0)
|
16.2
|
16.50
|
19.42
|
Ácido Palmítico (C 16:0)
|
9.2
|
6.0
|
9.12
|
Ácido Esteárico (C 18:0)
|
2.1
|
3.0
|
3.3
|
Ácido Oleico (C 18:1)
|
15.4
|
12.50
|
5.87
|
Ácido Linoleico (C 18:2)
|
1.4
|
2.0
|
0.86
|
Ácido Araquidico (C 20:0)
|
0.3
|
0.1
|
0.1
|
Obs.: Estas porcentagens podem variar de acordo
com a época do ano que o produto foi obtido e procedência. Contudo são variações
pequenas que caracterizam teores de ácido láurico, por exemplo, sempre bem
parecidos. A média de ácido láurico nos três óleos varia de 42 a 50%.
A LASZLO é a única empresa no Brasil que há
mais de cinco anos comercializa todos os seus óleos de massagem compostos com
óleo de babaçu ou palmiste. Isto diferencia seus produtos, que agregam
propriedades benéficas ao sistema imunológico e excelente estabilidade contra
oxidação.
Fabian Laszlo
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