quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sobre a Culpa


SOBRE A CULPA

“A culpa se senta como um grande pássaro negro nos ombros de quase todos nós. O conceito junguiano de sombra nos faz lembrar de nossa participação no proibido, do nosso egoísmo, narcisismo e covardia.”

Hollis (1999) ainda nos fala de três tipos diferentes de culpa, a saber:

1. A culpa como responsabilidade, que é aquela na qual declaro que errei, que reconheço e aceito minhas escolhas. Nenhuma pessoa consciente pode se dizer inocente. Então após reconhecer-se culpado, deve-se buscar uma forma, mesmo que simbólica de recompensar o que foi feito pois só assim atingir-se-á a remissão.
      2. A culpa como defesa contra a angústia: esta não é a verdadeira culpa, mas aquela que advém da ansiedade gerada quando sentimos que não agimos ou falamos de maneira adequada, ou seja, que não fomos agradáveis para com o outro. Isto é comum, por exemplo, quando dizemos “não” para alguém. Isto se deve ao fato de termos sido “condicionados a ser agradáveis em vez de sinceros, flexíveis em vez de autênticos, adaptáveis em vez de fazer valer nossas opiniões”.
      3. A culpa existencial: é aquela que apenas pessoas com certo grau de consciência apresentam e que não há o que fazer. Por exemplo, pode-se sentir culpa por ter sido omisso na preservação da natureza; por comer carne em razão da morte de um ser vivo, mas se nos tornamos vegetarianos também matamos o vegetal. É o tipo de culpa que se tem que aceitar.

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