segunda-feira, 11 de abril de 2016

Somos todos caminhadores....

A maturidade nada mais é do que o entendimento de si e a disposição de se transformar. Isto é libertador.
Entender quem somos, nossas dificuldades e belezas, permite que deixemos para trás o que em nós não serve mais e abre a perspectiva de inventar o que queremos ser. Este é o poder do Caminho.

Todos gostaríamos  de ter asas como os pássaros para alcançar as alturas,porem pássaros voam por determinismo biológico.
 As asas da liberdade são metafóricas, fruto da sabedoria e do amor, flor das escolhas que se faz a cada passo do Caminho. Mahatma Gandhi certa vez, quando preso, comentou que há homens mais livres nas celas no que vagando pelas ruas,claro Gandhi era um iniciado, uma alma antiga e iluminada. Claro que não falava das mentes sombrias que enveredaram pelas raias da criminalidade e da ignorância. Ele se referia à liberdade do pensar desperto dos preconceitos e condicionamentos culturais e sociais. A liberdade de pensar além; de perceber que as mais cruéis prisões são aquelas que não têm grades. Liberdade é muito mais do que o direito de vagar a esmo pelas ruas ou levar uma vida completamente descompromissada. Isto, em geral, caracteriza os foragidos da vida. Estes costumam estar aprisionados no pior dos cárceres, a própria consciência. A verdadeira liberdade traz em si a responsabilidade. A responsabilidade por suas escolhas e compromissos. Temos compromisso com tudo que amamos e na medida que ampliamos a nossa esfera amorosa crescem as nossas asas, nos permitindo voos cada vez mais altos. Nossas asas têm o tamanho de nossos corações. As nossas escolhas, por sua vez, geram consequências e temos que nos responsabilizar por elas. A serenidade deste entendimento, ainda que isto signifique mais esforço e trabalho, pois cada qual terá os desafios próprios ao seu aprendizado, chama-se maturidade.
A liberdade é uma poderosa ferramenta evolutiva, pois está diretamente ligada às suas escolhas, que, por sua vez, definem e aprimoram a alma do viajante. Não esqueçamos, entretanto, a evolução exige esforço, determinação e coragem para enfrentar os desafios e semear o bem nos territórios áridos da existência. A responsabilidade com todos que nos cercam é o próprio compromisso com o Caminho, sem o qual não haverá liberdade nem evolução. Viver este conceito com alegria se chama maturidade.
Façamos o nosso melhor a cada dia nos limites da nossa capacidade de amar e do nível de consciência que temos. E que no dia seguinte nos seja permitido amar, entender e fazer um pouquinho mais. Assim é o Caminho percebemos que ele muda na medida que transformamos a nossa  maneira de andar. Coitado daquele que não tem com quem se preocupar. Isto apenas revela o indivíduo que vive a ilusão de pensar que liberdade é descompromisso, que vaga desorientado pelo deserto do desamor, perdido no vale da solidão. Esse indivíduo espiritualmente ainda está na infância, se nega a crescer e deseja viver apenas pelo prazer. Ainda não entende a amplitude e o poder do amor. O sofrimento será inevitável, pois em algum momento perceberá que se tornou refém do seu egoísmo e encarcerado na própria solidão. Só amor cria vínculos eternos e atribui sentido à vida. Portanto,  amar em toda a sua amplitude não é um exercício destinado aos fracos. A dor não é a única maneira de se aprender, mas o último recurso do Caminho para corrigir uma rota que leva ao abismo.E o limite da liberdade? Esta gota de vida vai até onde?

Você escolhe por amor ou fará a escolha errada. Entender isto é ter maturidade para prosseguir no Caminho...o amor é a fita que entrelaça os corações livres e despertos. O amor é o verdadeiro compromisso e a única ponte para a felicidade. Não há outra..
O AMOR é a chave do caminho...BRINDEMOS...

3 comentários:

  1. os vôos para nós caminhadores sempre são perigosos...tirar o pé de chão firme, alçar um sonho de sensações extremas e grandiosas muitas vezes nos causa medos , as nossas asas só serão firmes quando a visão de cima for ao longe e em frente , não para um abismo...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. O caminhador aprendeu com o tempo a ser também um observador...

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