A maturidade nada mais é do que o entendimento de si e a disposição de se transformar. Isto é libertador.
Entender
quem somos, nossas dificuldades e belezas, permite que deixemos para
trás o que em nós não serve mais e abre a perspectiva de inventar o que
queremos ser. Este é o poder do Caminho.
Todos gostaríamos de ter
asas como os pássaros para alcançar as alturas,porem pássaros voam por
determinismo biológico.
As asas da liberdade são metafóricas, fruto da
sabedoria e do amor, flor das escolhas que se faz a cada passo do
Caminho. Mahatma Gandhi certa vez, quando preso, comentou que há homens
mais livres nas celas no que vagando pelas ruas,claro Gandhi era um
iniciado, uma alma antiga e iluminada. Claro que não falava das mentes
sombrias que enveredaram pelas raias da criminalidade e da ignorância.
Ele se referia à liberdade do pensar desperto dos preconceitos e
condicionamentos culturais e sociais. A liberdade de pensar além; de
perceber que as mais cruéis prisões são aquelas que não têm grades.
Liberdade é muito mais do que o direito de vagar a esmo pelas ruas ou
levar uma vida completamente descompromissada. Isto, em geral,
caracteriza os foragidos da vida. Estes costumam estar aprisionados no
pior dos cárceres, a própria consciência. A verdadeira liberdade traz em
si a responsabilidade. A responsabilidade por suas escolhas e
compromissos. Temos compromisso com tudo que amamos e na medida que
ampliamos a nossa esfera amorosa crescem as nossas asas, nos permitindo
voos cada vez mais altos. Nossas asas têm o tamanho de nossos corações.
As nossas escolhas, por sua vez, geram consequências e temos que nos
responsabilizar por elas. A serenidade deste entendimento, ainda que
isto signifique mais esforço e trabalho, pois cada qual terá os desafios
próprios ao seu aprendizado, chama-se maturidade.
A liberdade é uma
poderosa ferramenta evolutiva, pois está diretamente ligada às suas
escolhas, que, por sua vez, definem e aprimoram a alma do viajante. Não
esqueçamos, entretanto, a evolução exige esforço, determinação e coragem
para enfrentar os desafios e semear o bem nos territórios áridos da
existência. A responsabilidade com todos que nos cercam é o próprio
compromisso com o Caminho, sem o qual não haverá liberdade nem evolução.
Viver este conceito com alegria se chama maturidade.
Façamos o nosso
melhor a cada dia nos limites da nossa capacidade de amar e do nível de
consciência que temos. E que no dia seguinte nos seja permitido amar,
entender e fazer um pouquinho mais. Assim é o Caminho percebemos que ele
muda na medida que transformamos a nossa maneira de andar. Coitado
daquele que não tem com quem se preocupar. Isto apenas revela o
indivíduo que vive a ilusão de pensar que liberdade é descompromisso,
que vaga desorientado pelo deserto do desamor, perdido no vale da
solidão. Esse indivíduo espiritualmente ainda está na infância, se nega a
crescer e deseja viver apenas pelo prazer. Ainda não entende a
amplitude e o poder do amor. O sofrimento será inevitável, pois em algum
momento perceberá que se tornou refém do seu egoísmo e encarcerado na
própria solidão. Só amor cria vínculos eternos e atribui sentido à vida.
Portanto, amar em toda a sua amplitude não é um exercício destinado
aos fracos. A dor não é a única maneira de se aprender, mas o último
recurso do Caminho para corrigir uma rota que leva ao abismo.E o limite
da liberdade? Esta gota de vida vai até onde?
Você escolhe por amor ou fará a escolha errada. Entender
isto é ter maturidade para prosseguir no Caminho...o amor é a fita que
entrelaça os corações livres e despertos. O amor é o verdadeiro
compromisso e a única ponte para a felicidade. Não há outra..
O AMOR é a chave do caminho...BRINDEMOS...
os vôos para nós caminhadores sempre são perigosos...tirar o pé de chão firme, alçar um sonho de sensações extremas e grandiosas muitas vezes nos causa medos , as nossas asas só serão firmes quando a visão de cima for ao longe e em frente , não para um abismo...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO caminhador aprendeu com o tempo a ser também um observador...
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